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Sabia que: a natação em água fria

E se lhe dissesse que nadar em água fria é benéfico para o seu corpo e para o seu espírito?

Se lhe perguntar em que é que pensa quando ouve as palavras “água” e “bem-estar”, é provável que algumas pessoas imaginem uma água translúcida algures nas Caraíbas ou a espuma de um jacuzzi. E, nestes dois casos, a água nunca está geralmente abaixo dos 27°C! É verdade, entrar numa água quente ou temperada proporciona-nos, nesse momento e posteriormente, uma suave euforia. Mas sabia que apostar numa água fria permite-lhe prolongar esse estado de espírito a longo prazo?

Concordo que à primeira vista, água fria e prazer não são verdadeiramente compatíveis…

E se lhe dissesse que nadar em água fria é benéfico para o seu corpo e para o seu espírito? então, água fria, sinónimo de euforia ou pneumonia?

Vejamos juntos os detalhes deste método inteligente de manutenção do corpo (e do estado de espírito)!

Os benefícios da água fria

Conhece os “Ursos Polares”, os “Pinguins de Dieppe” ou ainda os “Leões Marinhos”? Nunca ouviu falar destes banhistas intrépidos que esperam pelo inverno para beneficiar das virtudes da água fria ?

Apesar das ideias existentes, é efetivamente verdade que a água fria proporciona efeitos benéficos bem reais sobre a circulação sanguínea e sobre o sistema imunitário passando também pela parte psicológica!

A água fria permite aos seus órgãos estarem bem nutridos, alimentando e drenando as células, estimulando assim a circulação sanguínea.

Este ambiente é igualmente propício ao desenvolvimento e ao aumento dos linfócitos do organismo, o que terá como efeito o reforço das defesas imunitárias. Os nadadores regulares em água fria estão menos sujeitos a constipações e outras infeções respiratórias.

Os especialistas estão igualmente de acordo no que diz respeito aos benefícios psicológicos de um bom banho ou de umas pequenas braçadas em água fria. Permite nomeadamente ao seu corpo libertar um grande número de endorfinas (a famosa hormona do prazer) e influencia radicalmente a diminuição de potenciais dores ou inflamações.

E ainda por cima a água fria é um método eficaz de queimar calorias de forma abundante uma vez que exige ao seu metabolismo maior trabalho para contrariar a temperatura.

Adeus gorduras indesejadas e mau humor!

A saber: para ainda mais vantagens, o melhor é escolher água fria… de mar! A água do mar é bem conhecida pelas suas virtudes ansiolíticas, euforizantes e antidepressivas.

Mas de onde vem esta ideia?

A natação em água fria ainda não é um desporto muito popular em Portugal…

Mas, se viajar um pouco mais para Norte, nos países Escandinavos, pode observar que esta tendência já é uma disciplina desportiva a tempo inteiro.

Na Finlândia, nomeadamente, nadar nos lagos gelados não é raro, pelo contrário. Para a população, esta atividade é muito benéfica para a saúde e permite igualmente libertar o espírito.

E, na verdade, quando os Finlandeses se atiram para a água, não é para brincadeiras! Efetivamente, várias vezes por ano, são mais de 150 000 a participar nas corridas em água gelada.

Os seus vizinhos Noruegueses podem parecer igualmente gelados participando em diversas travessias, por vezes muito longas, nos Fiordes  onde a temperatura da água é geralmente de 6°C…

Algumas precauções a ter

É obviamente importante saber que a água fria constitui uma forte agressão para o organismo!

Mesmo que o seu organismo seja muito adaptável, e se consiga aclimatar às águas frias mais depressa do que imagina, não se atire de corpo e alma para águas geladas sem pensar.

Em primeiro lugar, e caso esta disciplina  lhe cause apreensão, consulte o seu médico para eliminar qualquer apreensão a nível de saúde.

Uma vez oficialmente apto, não cometa o erro de confundir velocidade e precipitação. A iniciação à prática de natação em água fria é feita de forma gradual, tal em qualquer desporto, com treino, para evitar qualquer risco.

O meu conselho  é começar numa água temperada, no mar, lago ou outro ponto de água, no final do verão. Mantenha de seguida os seus hábitos de natação no outono, e depois no inverno, para que o seu organismo se habitue pouco a pouco ao abaixamento da temperatura. Para tal, as saídas devem ser feitas de forma regular.

Para a entrada na água, o princípio é o mesmo, mergulhamos progressivamente, tendo o cuidado de molhar a nuca a montante. A hiperventilação é normal no início. Sopre lentamente para que o seu corpo se habitue pouco a pouco ao frio.

Quando sair da água, deixe o seu corpo tremer. Esta reação é perfeitamente normal e tem como objetivo fazer circular o sangue em direção à extremidades.

Agora já sabe toda a teoria da natação em água fria. Só lhe falta passar à prática! O que acha?

regis

Régis

NADADOR NACIONAL & LÍDER COMUNICAÇÃO

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