Tens curiosidade em saber mais sobre os processos de fabrico das proteínas? Descobre tudo o que é preciso saber neste artigo...
Para obter as fracões mais interessantes de uma proteína inteira, estas podem ser sujeitas a tratamentos industriais. O objetivo é melhorar a assimilação e a eficácia ou, simplesmente, obter aminoácidos isolados mais interessantes do que outros. Após estes tratamentos, é possível destacar-se alguns termos: proteínas totais, isolado de proteína, concentrado de proteína, hidrolisado de proteína, peptídeos ou aminoácidos puros...
Uma proteína é uma molécula constituída por uma longa cadeia de aminoácidos (mais de 100). Nela encontramos os aminoácidos essenciais e não essenciais.
Os aminoácidos essenciais são indispensáveis para o organismo e devem ser fornecidos pela alimentação.
Os aminoácidos não essenciais podem ser fabricados pelo organismo.
Quando uma proteína contém menos de 100 aminoácidos, falamos de polipeptídeo, e quando existem menos de 10 aminoácidos, falamos de peptídeo.
Durante a digestão, as proteínas são cortadas para se transformarem em peptídeos que poderão ser assimilados graças a transportadores específicos. Por sua vez, os aminoácidos não têm transportadores específicos para serem absorvidos, pelo que serão assimilados muito menos depressa do que os peptídeos. Assim, não é recomendado consumir aminoácidos sozinhos.
Os concentrados de proteínas (concentrado)
Uma proteína concentrada provém de uma técnica designada por ultrafiltração. Quando realizada em frio, esta técnica não desnatura a proteína porque o soro de leite não é aquecido. Este processo consiste em usar membranas que contêm buracos microscópicos que permitem reter as proteínas e deixar passar o resto, ou seja, a água, os açúcares, as gorduras e os sais minerais.
A proteína em pó obtida através desta técnica contém cerca de 80% de proteínas.
O isolado de proteína
• Técnica por microfiltração: esta técnica é mecânica e, por isso, natural. É o mesmo processo do que para os concentrados de proteínas, mas os poros das membranas são ainda mais pequenos (0,1 a 10 mg). A proteína fica assim mais purificada e pode atingir uma concentração de 95%. Trata-se da técnica menos agressiva, a proteína mantém as propriedades biológicas. O único aspeto negativo de uma proteína deste tipo é o seu preço, este processo é caro.
• Técnica por troca iónica: é um processo de concentração e purificação em colunas de troca iónica. Esta técnica exige o recurso a elementos químicos (ácido clorídrico…) para extrair apenas a proteína interessante. É um tratamento agressivo que elimina toda a lactose, as gorduras e as impurezas, mas a qualidade da proteína fica ligeiramente desnaturada.
A proteína em pó obtida através desta técnica contém cerca de 90% de proteínas.
Hidrolisado de proteína
Esta técnica baseia-se num concentrado ou num isolado de proteína que vai ser sujeito a uma hidrólise, o que implica realizar uma digestão química da proteína para permitir à proteína ser assimilada muito depressa. Assim, o hidrolisado de caseína é comparável ao hidrolisado de trigo em termos de velocidade de digestão.
O aspeto negativo desta técnica é o sabor amargo que provoca.
1. Os gainers: são misturas de proteínas e hidratos de carbono. O objetivo deste produto é fornecer uma grande quantidade de calorias para favorecer o ganho de massa muscular.
2. A proteína whey: é uma proteína de soro de leite. Representa 20% das proteínas do leite. É uma proteína de alta digestibilidade e com alto teor de aminoácidos ramificados. É uma proteína de assimilação rápida. Tem um efeito mais anabolizante. Faz-se a distinção entre:
3. A caseína: é o outro componente do leite, representa 80% da proteína de leite. A caseína é uma proteína de assimilação lenta. Tem um efeito mais anticatabólico.
4. As proteínas vegetais: são proteínas usadas principalmente por vegetarianos ou veganos. É uma proteína mais anticatabólica.
5. Os aminoácidos: são absorvidos relativamente depressa, o que lhes dá propriedades ligeiramente anabólicas. No entanto, estas propriedades são muito reduzidas
6. Os aminoácidos ramificados (BCAA): otimizam a recuperação e o ganho de massa muscular dado que os BCAA são usados durante o exercício.