O nosso corpo: um automóvel melhorado!
Antes de lhe falar sobre como se alimentar durante um triatlo, é necessário que compreenda porque temos necessidade de nos alimentar durante um esforço de resistência.
Tentando simplificar: para começar, comparemos o desportista de resistência a um automóvel. Para avançar, o seu automóvel precisa de um motor. E para que o motor funcione, precisa de combustível. E o combustível (gasóleo ou gasolina sem chumbo, consoante o que prefira) está num reservatório. Se não atestar regularmente o seu reservatório, irá ficar sem combustível. E sem combustível, o motor irá parar e a sua viatura irá imobilizar-se ("Elementar, meu caro Watson").
Ora bem, o nosso corpo funciona exatamente da mesma forma. Para nadar, pedalar e correr, o seu corpo (o automóvel) precisa de músculos (o motor). Ora, para funcionar, os músculos precisam de energia (o combustível). Apesar de termos uma vantagem relativamente ao automóvel (utilizamos três reservatórios, não apenas um), isso não muda muito o problema. Se não levarmos combustível aos nossos músculos, deixamos de funcionar. No início de um triatlo, os nossos três reservatórios (glucídicos, proteicos e lipídicos) estão cheios. E, em grandes linhas, demora entre 4 minutos e 1 hora para esvaziar os nossos reservatórios durante um esforço físico.
Calma, não iremos aqui entrar nos detalhes relativos ao funcionamento de cada reservatório. Como vê, para completar um triatlo é forçosamente necessário fornecer combustível aos nossos músculos. Para isso, é necessário que nos alimentemos durante a prática. E é aqui que acabamos com a teoria e entramos no cerne da questão.