A dança parece ser feita para ti? Sentes vontade de experimentar ou regressar à dança?
A dança é atualmente uma atividade desportiva e artística plenamente democratizada, que pode ser praticada por qualquer pessoa, independentemente da idade, do sexo ou da morfologia.
Fazendo parte da nossa vida e com presença em todas as culturas, a dança, sob todas as suas formas, atrai cada vez mais praticantes, sendo cada vez maior o número de estúdios que oferecem aulas para principiantes.
A dança permite trabalhar a memória, a coordenação e a autoestima. Estes são apenas alguns dos benefícios surpreendentes e reconhecidos da dança para a nossa saúde.
Aprender e decorar coreografias exige muitas repetições de movimentos, para que estes fiquem gravados na nossa memória. A nossa memória é constantemente estimulada e deste modo melhorada. Aprender e executar uma coreografia requer uma adaptação e uma rápida tomada de decisões, o que reforça, ao fim ao cabo, a nossa capacidade cognitiva.
Um estudo realizado por investigadores do Albert Einstein College of Medicine demonstrou mesmo que a prática da dança permite reforçar a plasticidade neuronal, ou seja, a capacidade dos neurónios em formar novas ligações. Outro estudo publicado no Frontiers of Aging Neuroscience destaca a capacidade da dança em atrasar o envelhecimento do cérebro.
Sendo uma disciplina com dupla vocação, artística e desportiva, a dança permite manter a linha e gastar energias. Dançar 1 a 2 horas exige um nível de resistência idêntico ao de qualquer outro desporto. À medida que as sessões progridem, o nosso ritmo cardíaco e as nossas capacidades respiratórias melhoram.
A dança requer um fortalecimento muscular recorrente, ou mesmo permanente, dos abdominais e das pernas. O encadeamento dos movimentos requer uma postura flexível mas elegante, logo um trabalho dos músculos profundos do nosso corpo para executar uma coreografia harmoniosa. Por sua vez, as passagens no solo, saltos e elevações de pernas irão solicitar em permanência a parte inferior do nosso corpo, e logo reforçá-lo.
Nas aulas de dança, é frequente haver períodos reservados para exercícios de alongamento e aquecimento. Manter as articulações flexíveis e um bom equilíbrio é fundamental para garantir um encadeamento dos movimentos. Descobrir os nossos melhores pontos de apoio e um novo potencial nos nossos músculos e articulações pode ser motivador. É graças aos treinos que fazemos progressos e nos sentimos secretamente (ou não!) orgulhosos. Essenciais para a nossa saúde, a flexibilidade e o equilíbrio limitam os riscos de lesões e permitem ter um corpo mais robusto.
As primeiras notas de música começam a ecoar e juntam-se ao nosso ritmo cardíaco... 5, 6, 7, 8. Deixamos de pensar. O nosso corpo começa a mexer-se suavemente e as nossas emoções exprimem-se através da dança. Diga adeus ao stresse, aos problemas do dia a dia, durante o breve instante de uma dança.
Aula após aula, ganhamos consciência do nosso corpo, o que tem um efeito libertador, ou até mesmo revelador. O termo "dançaterapia" é sobejamente conhecido, e até mesmo estudado nas universidades, pelos seus comprovados benefícios e pela sua capacidade para combater a ansiedade.
Familiarizar-se com o seu próprio corpo não é assim tão fácil como parece. A dança permite transmitir emoções e mensagens através dos movimentos. Quando entramos na nossa bolha, libertamo-nos dos olhares dos outros para dar lugar à ligação connosco próprio.
Recetivos às nossas emoções, estas revelam-se com mais força, o que nos permite conhecermo-nos melhor e ganhar confiança em nós próprios. O nosso espírito e o nosso corpo estão em simbiose. A dança faz-nos, simplesmente, sentir vivos. De acordo com um estudo escocês, de entre as pessoas que praticam atividades culturais, as que praticam dança são as que revelam níveis de felicidade mais elevados!
Os aspetos social, psicológico e físico, ou seja, tudo o que faz de nós seres humanos, são solicitados nesta prática.
É por isso que a dança é considerada a atividade desportiva e cultural mais completa!
Está pronto(a) para entrar em cena?