3/ A hipermobilidade uma vantagem real
A hipermobilidade permite a alguns nadadores serem mais “flexíveis” ao nível das articulações e utilizar essa flexibilidade em seu benefício.
A flexibilidade dos ombros não permite forçosamente nadar mais rápido mas nadar menos lentamente (nuance). Com efeito, essa mobilidade ajuda o nadador a libertar mais facilmente os ombros da água e de lhes permitir uma rotação mais "centrada" que provoca menor resistência na água. Graças à flexibilidade dos braços a amplitude do movimento de natação também aumentará.
Para além disso, num mergulho em ondulação na natação, as pernas não devem ser a única parte ativa, a ondulação tem origem ao nível do tronco. Esta técnica é muito mais fácil de realizar (ver instintiva) para uma pessoa com hipermobilidade onde o tronco, costas, bacia e joelhos descrevem uma ondulação fluída, reduzindo o atrito e aumentando a propulsão.
Finalmente, a flexibilidade does tornozelos é uma vantagem crucial em natação. O exemplo mais marcante pode ser observado na técnica do campeão Michael Phelps (uma das primeiras morfologias que foi passada a pente fino). Para além de calçar o tamanho 48, os seus tornozelos têm a capacidade de se dobrarem mais 15 graus do que os das outras pessoas. Isto permite-lhe nomeadamente chicotear a água como seria o caso de verdadeiras barbatanas naturais. Isto pode parecer mínimo, mas desta forma a força da propulsão aumenta mais de 10%.
Para as pessoas com uma predisposição natural para a natação, a hipermobilidade é uma característica corrente. Associado a este fator, um físico longilíneo permite o acesso a uma ondulação ampla e um movimento dinâmico e potente.
De forma clara, se acha que tem flexibilidade e que o contorcionismo não é o seu melhor amigo, experimente a natação!