Bebida isotónica, bebida energética, ou ainda bebida de esforço, existe uma miríade de termos para designar as bebidas destinadas aos desportistas. Estas bebidas são cada vez mais populares, mas o que significa estes termos? São todos equivalentes? Como as consumir? Dizemos-lhe tudo!
Bebidas isotónicas, bebidas energéticas, ou ainda bebidas de esforço, estamos a falar das mesmas bebidas, ou seja, bebidas dedicadas aos desportistas.
Uma bebida é isotónica quando contém a mesma concentração em partículas que o sangue. Para o saber, estudamos a osmolaridade da bebida; para ser isotónica, esta deve situar-se entre 270 e 330 mOsml/litro. Assim, uma bebida é hipotónica quando é menos concentrada que o sangue e hipertónica quando o é mais.
Todas as bebidas concebidas para responder às necessidades durante o esforço devem ser isotónicas ou ligeiramente hipotónicas, nunca hipertónicas.
Uma bebida isotónica tem como objetivo favorecer a ingestão de água, de minerais e de nutrientes, para facilitar a substituição do que o organismo utiliza durante o esfoço. Facilita a reidratação e contribui para uma boa assimilação das partículas necessárias para manter o esforço (glucose, sódio, etc.)
Uma bebida isotónica é facilmente absorvida e sai rapidamente do estômago, para uma eficácia ótima e um conforto digestivo garantido.
Uma bebida hipotónica não é tão bem absorvida que uma bebida isotónica, mas pode ser interessante no caso de muito calor.
Uma bebida hipertónica é demasiado concentrada e irá demorar a sair do estômago, com o risco de criar problemas digestivos que podem mesmo favorecer a desidratação, devido à chamada de água a nível do estômago, para diluir a concentração.
É indispensável respeitar as doses recomendadas na embalagem da sua bebida, para assegurar uma bebida isotónica. Se dosear a sua bebida de forma insuficiente, ela será hipotónica; se a sobredosear (o que não deve ser feito), será hipertónica.
- Água, que é o componente principal da bebida. Permite também assegurar a hidratação durante o esforço.
- Glúcidos , para assegurar o fornecimento de energia, que permite favorecer a continuidade do esforço físico. A quantidade de glúcidos de uma bebida deve situar-se entre 60 e 80 g/litro.
- Sódio, para compensar as perdas em sal através do suor. Adicionalmente, o sódio leva a uma sensação de sede e permite uma melhor assimilação da água e dos glúcidos.
- Vitaminas do grupo B, que facilitam a transformação dos nutrientes em energia e ajudam a combater a fadiga.
- Potássio, que tem interesse no caso de climas quentes ou temperados.
- Magnésio, que contribui para reduzir a fadiga.
- Antioxidantes, para ajudar o organismo a defender-se de certos resíduos tóxicos produzidos pela atividade das nossas células.
- Podem estar presentes proteínas na bebida, mas é raro; são interessantes para os esforços muito longos, superiores a 3 h.
Os desportos de resistência, como o triatlo, levam a um risco de desidratação, devido à transpiração. O suor é composto por água e minerais (principalmente sódio, mas também um pouco de potássio). Durante um esforço, o organismo pode perder mais de 1,5 litros de transpiração por hora, por vezes mesmo até 3 litros por hora. Logo, na ausência de compensação através da bebida, o organismo desidrata-se. Adicionalmente, sabemos que os músculos consomem energia durante o esforço, pelo que uma ingestão regular de glúcidos permite compensar as perdas, para manter o esforço.
As bebidas isotónicas representam a melhor solução, porque fornecem simultaneamente água, sódio e glúcidos. São bebidas "tudo-em-um".
Para esforços com duração superior a uma hora, é necessário consumir uma bebida isotónica regularmente. Ou seja, 1 golo a cada 10-15 minutos, desde o início do esforço.