Um desporto que faz esquecer tudo é um desporto valioso. O squash é um desses desportos e, ao contrário da crença comum, é acessível à maioria!
Proveniente de uma prestigiada escola inglesa em meados do século XIX, a nobreza do squash provém da exigência e dos benefícios dela resultantes.
Olhemos para a história deste desporto, que se pode praticar a dois, três ou quatro, jogado em praticamente todo o mundo!
Vamos conhecer as principais regras, os vários benefícios, a acessibilidade ao «grande público» e o material necessário para bater a pequena bola de borracha sem complexos.
Como o ténis ou o badminton, o squash é um dos descendentes do «jeu de paume» ou «Ténis Real».
Em meados do século XIX, em Londres, enquanto dois alunos da prestigiada Harrow School aguardavam para jogar ao jogo de «raquetes» – da família do «Ténis Real» – então na moda, tiveram a ideia de bater a bola de couro contra os muros da escola. E assim surgiu a invenção do squash. A criação de uma bola oca e mole de borracha originaria a designação de «squash» (esmagar/achatar) ao desporto em referência ao som do contacto da bola contra a parede.
Em 1883, o primeiro campo de squash surge em Oxford contribuindo para o seu reconhecimento como verdadeiro desporto. Tornar-se-ia popular graças à codificação das regras do jogo e das normas do campo em 1911 que uniformizou a prática.
Em Inglaterra, em 1928, foi criada a primeira federação nacional com o nome de Squash Racket Association, permitindo a organização do British Open a partir de 1930. As mulheres participaram neste prestigiado torneio a partir de 1950, data em que o desporto se profissionaliza.
A criação da International Squash Racket Association em 1967 reúne sete membros, entre os quais a Inglaterra e vários países da Commonwealth como a Austrália, o Paquistão, a Índia e ainda a África do Sul. A World Squash Federation foi criada em 1993, reunindo cerca de 150 países de mais de 18 milhões de praticantes pelo mundo.
Em Portugal, a Federação Nacional de Squash foi constituída no ano 2000, com o nome Movimento Nacional de Squash e assumiu a denomição atual em 2005. Em 2018 foi reconhecida com estatuto de utilidade pública, o que pode vir a dar um crescimento mais acelerado a este grande desporto.
Após três tentativas infrutíferas, o squash poderá vir a tornar-se uma modalidade olímpica em 2024 nos Jogos Olípicos de Paris.
Geralmente praticado com um contra um, o squash também pode ser jogado aos pares em campos clássicos ou adaptados.
Nos treinos, também pode ser jogado a três, em alternância: cada troca é normalmente jogada com um contra um, o terceiro jogador espera que seja encontrado o vencedor do ponto anterior. Chama-se «jogo indiano», uma excelente maneira de poupar as forças e de alternar os adversários!
Note-se que no caso dos profissionais, algumas competições são organizadas em locais notáveis. No sopé das pirâmides no Cairo para o torneio noturno Al-Arham ou no Grand Central Terminal, a estação de Manhattan em Nova Iorque para o Tournament of Champions. Para o efeito, os campos são integralmente de vidro e permitem a visualização dos jogos a vários espetadores e telespetadores.
Os jogadores efetuam à vez as pancadas na bola que deve bater na parede frontal direta ou indiretamente.
A partida compõe-se de 3 ou 5 jogos de 11 pontos cada.
À semelhança do ténis, apenas é autorizado um ressalto antes da pancada e o volley é autorizado.
Os limites de jogo são a linha superior (4,57 m de altura), a linha acima do TIN colocada na parte baixa da parede frontal (48 cm de altura). Se a bola tocar ou se encontrar fora destas linhas, é falta.
O primeiro jogador que serve é designado por sorteio (rotação da raquete).
Depois de bater a bola, o jogador deve dar ao adversário total liberdade de ação para que possa dirigir-se diretamente para a zona de pancada e jogar.
Se o adversário estiver demasiado perto e impedir o jogo normal sem perigo (golpes de raquete) ou se encontrar entre a bola e a parede frontal (triângulo proibido), o jogador deve abster-se de jogar.
Conhecido por combater o stress, o squash é um desporto de alta intensidade que permite divertir-se facilmente e gastar energias de forma eficaz. Em lazer ou em competição, desfrute independentemente do seu nível! A prática do squash solicita o coração e os músculos o que aumenta as capacidades de resistência, velocidade e flexibilidade. Fisicamente exigente, é um dos desportos que queima mais calorias, sendo portanto ideal para emagrecer ou melhorar a sua condição física. Mas não basta estar em forma, é preciso uma mente de ferro para saber bem o que fazer em campo - é um jogo muito tático que exige a máxima concentração. Não impede, contudo, que se divirta em campo, o prazer está sempre em primeiro lugar.
Do mini squash acessível a partir dos três anos a uma prática de lazer para os desportistas seniores, o squash é uma prática para todas as idades.
O squash não é perigoso, muito pelo contrário, é um desporto benéfico para a saúde porque permite gastar energias trabalhando simultaneamente a flexibilidade e a tonicidade.
É particularmente recomendado às pessoas que procuram uma atividade desportiva que permita combater o stress quotidiano.
Enfim, se pretende praticar um desporto de habilidade simultaneamente intenso ao nível físico, lúdico e exigente ao nível tático, o squash é para si!
Como em todas práticas desportivas, é recomendável a avaliação médica para garantir que não existem contraindicações, nomeadamente do foro cardíaco.
A bola de squash mede entre 39,5 mm e 40,5 mm de diâmetro e pesa entre 23 e 25 gramas. É composta por dois hemisférios ocos de borracha preta.
Existem cinco categorias de bolas de squash correspondentes a cinco níveis de prática.
Bola Duplo Ponto Amarelo:
bola lenta com ressalto muito baixo utilizada por jogadores intermédios e profissionais.
Bola Ponto Amarelo:
bola bastante lenta com ressalto baixo correspondente a um nível de jogo intermédio.
Bola Ponto Branco:
bola com velocidade média e ressalto médio para um nível de jogo intermédio.