Veja todas as dicas e sugestões para viver bem com a paixão do seu cônjuge quando não pratica o triatlo.
“Querido(a), vou treinar e volto daqui a 3 horas!” Que triatleta nunca disse isto num domingo de manhã às 8 horas à sua companheira ou companheiro? E sim, confesso, passamos muito tempo em fato de banho, com a nossa bicicleta ou com o calçado de corrida nos pés! Isso dá-nos muito prazer, é verdade, mas, por vezes, a nossa cara-metade sofre com este ritmo. Como gerir tudo isto no dia a dia?
Mesmo se ele(a) não for triatleta, tentar partilhar a sua prática é uma boa alternativa. Nem sempre é fácil e não substituirá o tempo passado fora de casa, mas já encontrei em várias provas muitas pessoas que acompanhavam os parceiros(as), gostavam de os encorajar no dia da prova, a preparar a logística, por exemplo, com refeições para garantir uma alimentação adequada. A função do seu cônjuge é importante, pois todos temos momentos “menos bons”, em que estamos fartos, e momentos de dúvida, e nesses momentos sabe bem sermos reconfortados.
Assim, dê-lhe a entender que não é uma cena só sua, mas que ele(a) tem um papel a desempenhar e, claro, também deve ser recíproco com as paixões do seu cônjuge. É tão bom para o seu estado de espírito quando vê a sua cara-metade a assistir à prova. Assim, se ele(a) não quiser mesmo experimentar, não se esqueça que, além dos quilómetros percorridos, há também a registar os olhares e a presença que, por vezes, são mais benéficos do que um gel!
Por vezes, saber reduzir ou saltar uma sessão para passar tempo com o outro é importante. Ao adotar uma posição fechada do género “não, está escrito no plano de treino, não compreendes mesmo nada do que faço” não facilita o diálogo e não dá vontade nenhuma de o acompanhar. Bem pelo contrário, dá mas é vontade de lhe responder “bem, faz a tua cena, não há lugar para mim nisso”. Se está demasiado focado nos seus objetivos, isso pode rapidamente tornar-se complicado para o casal!
Já passou a meta, excelente, mas não se esqueça que não é o único a ter feito sacrifícios, por isso um muito obrigado à sua cara-metade é sempre agradável, um pequeno fim de semana sem desporto, atividades em comum, mostra que o outro existe! Sim, quando entramos a fundo na preparação, tendemos a viver triatlo, respirar triatlo, comer triatlo, falamos das nossas sessões, das nossas sensações, dores, da próxima sessão, da nossa bicicleta e do nosso equipamento, etc. Enfim, compreendemo-nos! Sabemos que estamos noutro mundo, por isso, de vez em quando, faça uma pausa e cuide do outro e dos seus desejos. Uma pequena ida ao spa ou às termas no dia após a prova com um bom restaurante, também é bom.
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A comunicação é essencial, saber explicar porque vai participar numa determinada prova, os sacrifícios que isso impõe e também estabelecer limites são a base deste equilíbrio triatlo-casal. Depois, aconselho-o a levantar a cabeça do guiador e a lembrar-se que a maior parte de nós faz isto por prazer. Sim, isso ajuda a aliviar a pressão de vez em quando…
Não hesite em partilhar as suas experiências, ou seus conselhos, ...
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