Descubra o léxico da equitação 

Não tem nada a ver com almofadas... O assento é a capacidade do cavaleiro para se manter em sela e acompanhar os movimentos do cavalo com a bacia. O assento exige equilíbrio e desenvolve-se trabalhando e praticando durante muitas sessões em sela (os adbutores acabarão por ser reforçados...).

As ajudas do cavaleiro são essencialmente as pernas, as mãos, assento (ver "assento") e a voz. São o meio que permitem ao cavaleiro transmitir as suas diferentes indicações ao cavalo. Algumas montadas são sensíveis a estas indicações, outras são menos sensíveis, do género: "vai falando, que já te atendo".

Zona de aproximação de um obstáculo onde o cavalo executa nomeadamente a sua chamada para o salto. É nesta zona que o cavaleiro determina geralmente se se encontra a uma distância correta ou a uma distância incorreta do obstáculo. No primeiro caso, o salto correrá em princípio bem; no segundo caso... Seja o que Deus quiser!

 

Atrelado para o transporte de cavalos.

Os arreios, que são o conjunto dos aparelhos que permitem ao cavaleiro controlar o cavalo, comportam uma embocadura, duas argolas, uma cabeçada e duas rédeas. São utilizados na disciplina de dressage, menos comuns nas outras disciplinas, e permitem baixar a cabeça do cavalo.

Escova sem cerdas que permite remover o pó depositado na base do pelo do cavalo. Utilizada com movimentos rotativos, permite limpar o cavalo e oferecer-lhe uma excelente massagem (coça-me o pelo...). Deve ser passada depois da cardoa para uma limpeza completa.

Não tem nada a ver com estradas! O alcatrão é um produto destinado a tornar a sola (parte inferior do casco) mais firme e evitar apodrecer. É sempre útil.

Cavalo com pelo castanho e crina preta (além de bonito, não adere a sujidade).

(Ver embocadura) - existem diferentes tipos de bridão com múltiplos efeitos na atitude do cavalo (para levantar a cabeça, baixar a cabeça...).

Disciplina olímpica que combina obstáculos, dressage e crosse (aproveito a ocasião para mencionar a medalha de ouro conquistada nessa disciplina pela equipa de França nos JO do Rio de Janeiro. Um pouco de autoelogio nunca fez mal a ninguém).

Em couro, borracha ou plástico, geralmente forradas, as caneleiras permitem proteger a parte inferior dos membros anteriores do cavalo. E evitar assim muitos transtornos.

Arreio que se coloca diretamente na cabeça do cavalo e comporta apenas uma embocadura. É mais ou menos o equivalente ao volante e aos travões.

Em tecido ou em couro, o cabeção é um arreio sem bridão, que permite levar o cavalo a passear ou prendê-lo durante a sua limpeza.

A cadência é o ritmo a que se desloca o cavalo. As mais clássicas são o passo, o trote e o galope, podendo existir variações nestas três cadências (trote largo, galope concentrado, etc.)

Os cavaletti, não confundir com cannelloni, famoso prato italiano, são pequenos obstáculos de treino constituídos por varas assentes em cavaletes.

Para interior ou para exterior, a sua finalidade é proteger o seu cavalo do frio. Existem modelos de várias espessuras, incluindo modelos impermeáveis.

Faixa grossa em couro que passa por baixo da barriga do cavalo e permite fixar a sela no seu dorso. Os cavaleiros que, alguma vez, não tenham apertado corretamente a cilha ainda guardarão memória desse dia.

A primeira etapa do ensino de um cavalo. O trabalho começa geralmente com guia e, mais tarde, em sela! 
O desbaste é uma etapa importante que deve ser realizada com calma e sem precipitações. 
Mas ninguém está livre de uma eventual sessão de rodeo!

Disciplina olímpica em que no fim ganha sempre a Alemanha.

Falamos geralmente de "bridão". É uma peça em metal, borracha ou resina que se coloca na boca do cavalo e através da qual o cavaleiro comunica para com a sua montada.

Peça metálica situada acima do calcanhar e destinada a reforçar a ação de perna. Tal como os arreios, os esporins devem ser usados de forma adequada e apenas por cavaleiros que controlam bem a ação de perna.

É utilizado para limpar a sola, a ranilha e remover os corpos estranhos do pé do cavalo.

Situação em que o cavalo não quer colaborar e decide passar ao lado do obstáculo em vez de o saltar obedientemente. Também existem cavalos desobedientes...

As figuras designam diferentes exercícios de condução que demonstram o domínio e controlo do cavalo por parte do cavaleiro. As mais conhecidas são a mudança de mão, a diagonal, a volta, a meia-volta, a meia-volta inversa, a serpentina, o oito... Na dressage, as figuras correspondem a movimentos técnicos executados durante um esquema. 
A pirueta ou o piaffe, que já exigem um bom nível, são dois exemplos.

O galope é uma cadência a três tempos, assimétrica, envolvendo salto e dissociação de movimento. A velocidade média de um cavalo nessa cadência é de 21 a 27 km/h.

Parte superior do corpo do cavalo situada no ponto de união entre o pescoço e o dorso. 
A medição do garrote ao solo, ou "altura ao garrote", é a norma utilizada para determinar o tamanho dos cavalos.

Fixada na focinheira (parte do cabeção) ou nas rédeas, a gamarra é um arreio destinado a impedir que o cavalo levante demasiado a cabeça.

Em versão curta, fixa-se no cabeção e permite levar o cavalo à mão ou prendê-lo. Em versão comprida, a guia permite também trabalhar em círculos maiores, com o cavaleiro posicionado no centro.

Disciplina muito popular nos Estados Unidos, em cujas competições são avaliados aspetos como a técnica, o estilo e o desempenho do binómio cavaleiro/cavalo.

Embocadura que não passa na boca do cavalo, mas que tem uma ação no chanfro (o hackamore assenta na zona acima das narinas do cavalo).

 

O horseball é um desporto coletivo equestre praticado com uma bola munida de seis correias e cujo objetivo é marcar pontos no campo adversário.

Cavalo com pelo creme e crina preta.

Termo para designar salto de obstáculos. O jumping pode ser também usado para designar uma competição nessa disciplina.

Cavalo que apresenta um pelo e uma crina de cor castanha relativamente clara.

A limpeza inclui os cuidados do cavalo. A limpeza é o momento em que o cavaleiro ou tratador escova o pelo do cavalo, desembaraça a crina, trata e cuida dos cascos, entre outros procedimentos e, em suma, apaparica o cavalo.

Longas tiras de tecido, nalguns casos elásticas, que se enrolam entre o boleto e o joelho do cavalo, com um tecido de flanela por baixo, no caso das ligaduras de repouso. As ligaduras de trabalho permitem proteger os membros do cavalo durante o trabalho e as ligaduras de repouso permitem aliviar os membros na fase de repouso.

Tipo de obstáculo constituído por dois planos em largura.

Composto por barras, pode ser móvel. É utilizado na disciplina de salto de obstáculos. Os obstáculos podem apresentar-se sob a forma vertical (um só plano), de oxers (dois planos) ou de spas (vários planos). Na disciplina de crosse, nos concursos completos, os obstáculos são fixos e assemelham-se a troncos de árvore, fossos de água e outras dificuldades do género.

Atenção, este termos pode ter vários sentidos! Numa competição, paddock designa uma pista de aquecimento para os cavaleiros e os cavalos, mas pode ser também um espaço de maiores ou menores dimensões, com cerca, que permite manter o cavalo em liberdade. O cavalo fica normalmente satisfeito quando ouve falar em paddock...

 

O pónei é um cavalo de pequeno tamanho. Qualquer cavalo com uma altura ao garrote inferior a 1,50 m (ou 1,51 m com ferraduras) é classificado como "pónei".

Desempenham a mesma função das caneleiras, mas destinam-se aos membros posteriores do cavalo (ver definição de "caneleiras").

O passo é o ritmo mais lento cavalo, que é executado a quatro tempos de duração idêntica (a uma velocidade de cerca de 7 km/h).

Trata-se de um desporto equestre praticado com pónei ou cavalo, em equipa (4 ou 5 cavaleiros), a pares (2 cavaleiros) ou individualmente (1 só cavaleiro). Consistem em jogos praticados em linha ou à vez.

É uma peça de arreio. O peitoral-gamarra coloca-se no peito do cavalo e permite impedir a sela de recurar.

Um terreno de treino no exterior, geralmente, delimitado por uma cerca de madeira.

Proteção que cobre parte do casco do cavalo e serve para preservar os glomos, situados na parte de trás de pé.

Proteção em couro que cobre parte da perna do cavaleiro quando este monta a cavalo. Não confundir com as caneleiras, que servem para proteger os membros do cavalo durante o trabalho

Pista de treino coberta que permite praticar ao abrigo da chuva quando o tempo está incerto.

Contacto com o solo na finalização de um salto. Após a receção, alguns cavalos não hesitam a manifestar o seu contentamento pela proeza do salto através de coices...

Ao passo que na furta o cavalo contorna o obstáculo, na recusa, o cavalo para bruscamente à frente do obstáculo. Do género "não, nem pensar em saltar". Não vale a pena insistir". Consegue ver a ideia?

Obstáculo com 1 barra.

Elementos de arreio com múltiplas formas, utilizados no trabalho a pé, com guia ou em sela. As rédeas servem para melhorar a atitude do cavalo, mas devem ser utilizadas de forma adequada, sem condicionar o cavalo além do necessário.

A sela é o acessório colocado no dorso do cavalo onde se senta o cavaleiro.

É um andamento simétrico a dois tempos separados por um tempo de suspensão em que o cavalo progride por bípedes diagonais. A velocidade média de um cavalo nesse andamento é de 14 km/h

Técnicas de Passeio Equestre de Competição. Nesta disciplina, o binómio cavaleiro/cavalo deve realizar uma prova de apresentação, uma prova de domínio das cadências, um percurso de orientação e de regularidade e outro de terrenos variados.

Disciplina que consiste em executar figuras num cavalo com guia a galope.

É um obstáculo constituído por um só plano vertical. O reto, a barreira, o muro ou a sebe são alguns exemplos.