Equitação: o que é a endurance?

Na endurance de competição, conta, essencialmente, a velocidade do cavalo e o seu estado físico. A iniciação à modalidade poderá ser praticada em distâncias razoáveis (de 20 a 60 km) com uma velocidade obrigatória de 10 a 15 km/h: são as designadas provas regionais. Há também as provas de velocidade livre em percursos de 90 a 200 km.

É inútil partir rapidamente, pois será necessário gerir toda a corrida em função do cansaço do cavalo. A endurance baseia-se, essencialmente, no RESPEITO pelo cavalo. Antes, durante e após a prova são realizadas inspeções veterinárias, a fim de verificar a frequência cardíaca, a frequência respiratória, a cor das mucosas, a desidratação e a cadência em trote. Um cavalo poderá ser eliminado em cada inspeção caso apresente debilidades físicas.

Umas das particularidades da prova é a presença de equipas de assistência para os cavaleiros. Essas equipas, fundamentais para o bem-estar do cavalo, encontram-se nos pontos de assistência previstos pelo organizador da corrida. Munida de baldes e garrafas de água, a equipa dará água e refrescará o cavalo para não ficar desidratado. A colaboração com uma equipa de assistência em competições é um ótimo modo de viver plenamente esta modalidade, caso não a conheça. Irá, assim, descobrir um mundo onde a competição é sinónimo de «entreajuda» e «prazer».

Para percorrer longas distâncias, o cavaleiro deverá sentir-se à vontade com o seu vestuário e o equipamento do cavalo deverá ser o mais leve e confortável possível. O cavaleiro utilizará calçado de caminhada ou de trekking, calçado desportivo ou botins e o seu toque deverá ser leve e ventilado.

Para o cavalo, é aconselhável o uso de uma «cabeçada/cabeção» sintética. A combinação de cabeçada e cabeção é vantajosa, pois permite separar facilmente os componentes para as inspeções veterinárias, além de poupar tempo. Para percursos entre 120 e 140 km, o cavalo deverá suportar um peso mínimo de 70 kg (peso do cavaleiro e da sela). O cavaleiro deverá lastrar a sela ou acrescentar um lastro amortecedor. Existem selas próprias para endurance que possibilitam essa operação. Estas e outras questões sobre a endurance poderão ser consultadas no regulamento em vigor disponível no sítio Web da FFE.

Não existe qualquer raça ou tipo que se sobressaia na modalidade de endurance. Um bom cavalo de endurance deve ter pescoço comprido e fino, dorso musculoso, bons aprumos e boas capacidades de deslocação. Contudo, em percursos a partir de 90 km, 80% dos cavalos é puro-sangue árabe ou meio-sangue árabe e 15% é anglo-árabe ou puro-sangue inglês. Regra geral, os cavalos não são de grande porte, medindo, no máximo entre 1,45 m e 1,60 m.

Catherine, vendedora da Décathlon Beauvais, é praticante regular de endurance e tem o prazer de lhe apresentar esta modalidade.

Um breve comentário de Catherine:

«O que mais aprecio na endurance é, sobretudo, o respeito pelo cavalo, a cumplicidade que temos com ele, o espírito de união com a equipa de assistência durante as corridas, a descoberta de novas regiões e paisagens.»

 

Resultados de Catherine em competições:

- 3 segundos lugares em percursos de 90 km~- 2.º lugar em CEI* de 90 km, Sommant (Borgonha)~- 1.º lugar em percurso de 90 km no campeonato regional de Picardia (2010)~- 1.º lugar em percurso de 60 km, Compiègne (Oise) (2006)~- 1.º lugar em percurso de 20 km, Bréviaires (Yvelines) (2008)~- 3.º lugar em percurso de 160 km, Rambouillet (2009)~- 5.º lugar por equipas (percurso de 130 km) na taça de patrocinadores, Compiègne (Oise) (2009)~- 6.º lugar em percurso de 130 km, Huelgoat (Bretanha) (2009)~- 11.º lugar no campeonato de França, Corlay (Bretanha) (2010)~- 14.º lugar, Argentan (Orne) (2007)

«O que mais aprecio na endurance é, sobretudo, o respeito pelo cavalo, a cumplicidade que temos com ele, o espírito de união com a equipa de assistência durante as corridas, a descoberta de novas regiões e paisagens.»